Telefone: (11) 5082-4589
13 de dez. de 2009
Hitam Restaurante
Telefone: (11) 5082-4589
29 de out. de 2007
La Casserole
Largo do Arouche, 346 -Centro - São Paulo - SP
Fone: (11) 3331-6283

Inaugurado em 1954 por Roger Henry e sua mulher Fortuneé, o La Casserole é uma daquelas experiências únicas. Esqueça o ambiente sofisticado e clean dos restaurantes moderninhos. Lá tudo tem um quê de tradição. As madeiras escuras da decoração, as luminárias, as mesas, até mesmo o barman. Placas de bronze na parede homenageiam os clientes mais fieis. Como exemplo, ficamos em uma mesa que permaneceu em “reserva permanente” por 25 anos para o mesmo cliente, que ali almoçava todos os dias. Difícil imaginar isso, mas certamente fala muito sobre o lugar.
E para manter a tradição a localização é a mesma a mais de 50 anos: No Largo do Aroche, centro antigo de São Paulo, em frente ao mercado de flores.
Ponto importante: Faça reserva. Chegamos inadvertidamente e esperamos 30 minutos por uma mesa. Para aproveitar o tempo, um Bloody Mary serviu de distração e aguçou o paladar para o que viria em seguida.
No cardápio as opções que se espera de um bom francês: pato, cordeiro, perdiz, filé, avestruz e coelho, além dos peixes. Como era minha primeira vez na casa, deixei de lado o experimentalismo. Preferi algo para o qual tivesse alguma referência de comparação.
Comecei com o foie gras. Sabor incrivelmente suave e textura agradável. Confesso que minhas experiências anteriores com a iguaria não tinham sido das melhores. Sempre a comi por insistência. Nada como uma boa experiência para fazer valer as tentativas frustadas.
Como prato principal, a escolha foi o Magret de Canard (peito de pato) com molho de mostarda dijon e mel, bem acompanhado de batata rosti. O molho e o pato casaram perfeitamente. A carne macia levemente rosada no centro derretia na boca. Excelente.
Na sobremesa o petit gâteau parecia escolha sem erro. Errei. O bolinho deixou a desejar pela falta de personalidade do ganache. Pode servir como boa desculpa para voltar lá, para ter certeza que foi apenas um caso isolado.
Destaque, mais uma vez, para a indicação acertada de André Molinari e a companhia de Flávio Elizalde.
Eu recomendo: Foie gras e Magret de Canard.
Vinho: Cotes du Rhone – 2005 – Domaine de Cristia
Vou gastar quanto : 170,00 (vale cada real !)
Onde fica ? Clique e veja no mapa
15 de out. de 2007
SHIN-ZUSHI Restaurante
SHIN-ZUSHI
Destacar-se em meio a tantas opções é um desafio. Pois o SHIN-ZUSHI é um exemplo de como fazê-lo.
As surpresas no lugar começam na entrada: Todos os clientes são recebidos pelo pessoal do balcão com uma animada e ruidosa saudação em japonês. A partir daí a imersão cultural é completa. Nossa mesa era a única de não japoneses (ou descendentes). O japonês era língua corrente nos diálogos das mesas ao lado. A garçonete mal entendia o português. Isso decididamente tornou a experiência muito mais marcante.
O cardápio (em japonês claro) tem mais de 100 pratos, que, em sua maioria, confesso não ter visto em nenhum outro restaurante japonês no qual estive.
A pedida foi um tradicional combinado. Mas antes, Torô (atum gordo): Derrete na boca. Simplesmente sensacional. Recomendo fortemente.
Voltando ao combinado, o corte perfeito dos sashimis especialmente frescos, os sushis e nigiris no tamanho certo, são decididamente uma escolha correta.
Como passar do limite é quase certo, finalize com um chá-verde, principalmente se for trabalhar em seguida (foi o meu caso).
Em tempo, uma justa menção e reconhecimento: Conheci o restaurante pela indicação e companhia de André Molinari, um paulista que tem sempre uma excelente indicação da melhor gastronomia de São Paulo.
Eu recomendo: Torô; Temaki de Enguia; Combinado
Vou gastar quanto? R$ 100
Vinho: Não inventa moda. É um restaurante japonês, tome um o saquê quente.
Onde fica? Clique e veja no mapa.
11 de out. de 2007
Oliver Restaurante
Setor de Clubes Esportivo Sul, Trecho 2, Lote 2, Brasília Golf Center – Brasília - DF

Após um longo período sem atualizações no blog (não que a vida enogastrocultural estivesse parada, pelo contrário) faço aqui uma justa nota do Oliver Restaurante, em Brasília. A casa do gourmet Carlos Guerra, também fundador da rede de fast-food Giraffas, está em local privilegiado: O Clube de Golfe, que fica às margens do Lago Paranoá, numa construção rústica, perfeitamente integrada ao local.
Primeira dica importante: Vá sem pressa. Nada haver com a velocidade do atendimento ou da cozinha, mas sim por que o local é perfeito para um almoço mais prolongado, o conhecido “power lunch” ou “happy meal”, aquele típico de sexta-feira com o pessoal do trabalho. Melhor ainda para um jantar com os amigos, aliás, o que fiz no último final de semana. Boa conversa, excelente cozinha e música de qualidade. Perfeito.
Na casa, já passei pelas carnes, aves e peixes, mas no último final de semana me ative ao cordeiro. Sou fã da carne de cordeiro e esse estava especial. Excelente escolha.
Uma informação adicional: Recentemente, na carona do sucesso da primeira casa, uma filial foi aberta no setor comercial norte (Espaço Cultural Contemporâneo ECCO). Para quem acha o Clube de Golfe longe é boa opção. Essa ainda está por conferir.
Eu recomendo: Carré de cordeiro grelhado ao molho de vinho com risoto porcini. O sabor marcante do cordeiro com vinho casa perfeitamente com o porcini. equilíbrio perfeito.
Vinho: El Portilho – Merlot 2005
Vou gastar quanto: R$ 80
29 de mai. de 2007
Botequim do Hugo
Substantivo masculino
Regionalismo: Brasil.
1) m.q. botequim
2) Uso: informal, pejorativo.
pequena venda tosca onde servem bebidas, algum tira-gosto, fumo, cigarros, balas, alguns artigos de primeira necessidade etc. ger. situada na periferia das cidades ou à beira de estradas; birosca
3) Regionalismo: Bahia. Estatística: pouco usado.
tosca barraca volante montada ao lado dos barracões nas feiras
A definição do dicionário pouco revela sobre a verdadeira essência de um boteco. Na visão de quem freqüenta, boteco é um lugar pequeno sem sofisticação na decoração, mas sempre acolhedor. Tem cerveja absurdamente gelada, acompanhada de um bate-papo com os amigos, sejam eles os antigos ou aqueles recém conquistados no próprio local. Adicionem-se a isso algumas poucas, mas saborosas opções de tira-gosto, que passam ao largo de qualquer noção de alimentação saudável: Linguiçinha, torresminho, pastelzinho, queijinho no palito, empadinha e batatinha frita. Tudo assim, no diminutivo, a famosa comida de boteco.
Boteco que se preza pauta-se pela simpatia do garçom que geralmente é o próprio dono, que se divide entre as funções de consultor sentimental, técnico de futebol, garçom e caixa, e independente de qual seja o assunto tem sempre uma opinião formada sobre ele.
Estabelecida a verdadeira definição de boteco, vamos à indicação: Botequim do Hugo. A começar pela localização, pouco provável para um estabelecimento dessa nobre categoria, é um lugar que merece visita pelos que como eu gostam de um bom boteco. No meio do Itaim, cercado de restaurantes, faz o contraponto com a sofisticação do bairro em plena Zona Sul. As paredes repletas de tranqueiras é uma saudosa visita ao passado: Máquinas de costura, bonequinhos de chumbo, taxímetros, gravadores de rolo, garrafas antigas com seus rótulos originais, projetores de 16mm, máquinas de escrever, rádios a válvula. Tudo isso e muito mais, harmoniosamente amontoado nas prateiras. A cada ida descubro um novo item que me traz sempre uma lembrança feliz.
Poucos botecos cabem tão bem na definição. Não na definição do dicionário, fria e até pejorativa, mas sim na definição calorosa e emocionada de quem como eu é um entusiasta do assunto.
13 de mai. de 2007
Dom Francisco Restaurante

Confesso que apesar de alguma pesquisa, não consegui validar a história contada por Francisco. De qualquer forma, valeu o bate-papo e mais uma boa história para contar em mesa de confrades da boa gastronomia.
28 de abr. de 2007
Clo

Restaurante de ar contemporâneo da chef uruguaia Clo Dimet. Ela que já chefiou a cozinha do A Figueira Rubaiyat (ainda por conferir) abriu sua própria casa, onde, como declara Clo no cardápio, encontra-se "Um pouco do gosto que eu gosto".
A decoração é elegante e acolhedora. O cardápio não é extenso, mas na justa medida para contemplar massas, carnes como pato, cordeiro e coelho, peixes e aves. A apresentação dos pratos convida à contemplação, antecipando os sabores que virão.
O atendimento é muito bom, com direito a vinda à mesa da própria chef, preocupada com a qualidade dos pratos e do atendimento.
Um destaque no couvert é o gaspacho, delicado e refrescante que prepara o paladar para o prato principal.
Eu recomendo: Peito de pato na cama de shimeji e pão italiano.
Vinho: Artero Tempranillo 2005
Vou gastar quanto: R$ 80